A coragem de criar: o que aprendi com Steve Pratt sobre marketing que ganha atenção
Você já parou para pensar no que realmente faz o público prestar atenção na sua marca? Eu estou sempre refletindo sobre isso.
E ao ler sobre o livro Earn It: Unconventional Strategies for Brave Marketers, de Steve Pratt, no site BrandStorytelling, senti que ele colocou em palavras algo que pulsa no coração do que fazemos na Soulstory: o marketing não é sobre empurrar mensagens.
É sobre ganhar o direito de ser ouvido.
Pratt nos convida a olhar para o marketing com coragem criativa — uma coragem que, confesso, às vezes é difícil de acessar quando estamos cercados de pressões por resultados rápidos e fórmulas prontas. Mas ele nos lembra de uma verdade essencial: o público de hoje tem filtros mais afiados do que nunca. E o que não agrega valor? Simplesmente é ignorado.
O desafio de conquistar atenção em um mundo saturado
Pratt descreve algo que já sabemos, mas que nem sempre encaramos: vivemos em um mundo saturado de conteúdo. São anúncios, campanhas, vídeos, posts… tudo competindo pelo mesmo recurso escasso: atenção. E aí ele faz uma pergunta que deveria ser o filtro de qualquer estratégia: o que você está criando é tão valioso que, ao final, o público sentirá que foi tempo bem gasto?
Pense nisso. Quando você consome algo — seja uma campanha publicitária, um artigo ou um post —, o que faz com que você diga: “Isso valeu a pena”? É a utilidade, a emoção, a surpresa? Esse é o tipo de reflexão que transformou minha maneira de olhar para o storytelling de marca.
O que é coragem criativa?
Para Pratt, coragem criativa é criar algo que se destaque não por ser escandaloso ou barulhento, mas por ser inesperadamente valioso e único. Ele usa o termo “show” para descrever o tipo de conteúdo que merece ser produzido por uma marca. E vamos ser honestos: quantas vezes vemos marcas criando “shows” de verdade? Não estamos falando de white papers ou posts genéricos, mas de conteúdos que prendem a atenção porque oferecem algo genuinamente diferente.
Pratt traz algumas perguntas essenciais para medir a coragem criativa de uma ideia:
- Se eu não trabalhasse aqui, consumiria esse conteúdo?
- Isso é tão bom que eu recomendaria a outras pessoas?
- Esse conteúdo poderia ser feito por um concorrente ou é algo único?
São perguntas que tiram o nosso marketing do modo automático e nos forçam a pensar: estamos criando algo que vale a pena?
O equilíbrio entre resultados imediatos e confiança a longo prazo
Uma das coisas que mais me marcou no artigo foi a analogia entre marketing e um relacionamento. Pratt compara a criação de conteúdo com um primeiro encontro: “Seria estranho pedir alguém em casamento no primeiro encontro, não é? Então, por que algumas marcas acham que podem conquistar clientes com um único anúncio de vendas?”.
Na Soulstory, vemos isso o tempo todo. Muitos empreendedores, como Marta e Ana — que, na nossa metodologia, buscam se destacar em mercados saturados—, chegam frustrados porque as campanhas não geram resultados imediatos. O problema é que confiança e relacionamento levam tempo para ser construídos. Você precisa ser consistente em oferecer valor antes de pedir algo em troca.
Essa paciência é uma lição que também vale para nós, profissionais de marketing. Em um mundo obcecado por ROI e metas de curtíssimo prazo, é um ato de coragem defender o tempo necessário para construir algo realmente relevante.
Exemplos inspiradores de coragem criativa
Pratt compartilha no livro um exemplo que eu achei brilhante: o da Oatly, a empresa de leite de aveia que transformou um produto banal em um espetáculo criativo. Eles colocam mensagens hilárias e inesperadas nas embalagens. Criaram jingles ridículos que viralizaram. Até fizeram um site onde exploram críticas que já receberam!
E sabe o que é mais interessante? Eu mesma não consigo lembrar o nome de outra marca de leite de aveia. Esse é o poder de um marketing que ousa ser autêntico.
Outro exemplo citado foi o de uma concessionária de carros que criou uma série de vídeos no estilo de The Office. Pense nisso: quantas concessionárias você conhece que fazem marketing criativo? É um mercado onde “coragem criativa” é quase inexistente — e é exatamente por isso que a campanha se destacou.
Esses casos me lembram da importância de explorar aquilo que só a sua marca pode oferecer. Como dizemos aqui na Soulstory: sua história é única, e ninguém pode contá-la como você.
Por onde começar?
Se você está pensando em como incorporar coragem criativa no seu marketing, o conselho de Pratt é simples: comece prestando atenção. O que captura a sua atenção como consumidor? O que você ignora? E, honestamente, o que na sua estratégia atual você mesmo evitaria consumir?
No final das contas, a pergunta que precisamos fazer constantemente é: Estamos criando algo que merece a atenção das pessoas?
E se você ainda não sabe como responder a essa pergunta, nós podemos ajudar. Na Soulstory, acreditamos que a chave para conquistar atenção não é ser mais barulhento, mas mais autêntico.
Quando você conta histórias que refletem seus valores, que respeitam a inteligência do público e que oferecem algo único, o impacto vai além de números de curtidas ou visualizações: ele cria conexões que duram.
Então, eu te convido: vamos criar algo que vale a pena? Afinal, o tempo das pessoas é precioso. E marcas que sabem respeitá-lo sempre saem na frente.

otávio b.m., também conhecido como “O Eremita”, é o fundador e diretor criativo da Soulstory. Criador da metodologia Storytelling Branding, atua como estrategista digital e copywriter. Suas estratégias e textos persuasivos ajudaram seus clientes a faturarem R$ 79.893.224,00 até agora 🚀.